domingo, 7 de setembro de 2014

CONTEÚDO DE HISTÓRIA - TERCEIRÃO - POPULISMO E ERA VARGAS

República Populista (1946–1964) - CONTEÚDO
 1. Populismo
Fenômeno político que marcou vários países latino-americanos no pós-Segunda Guerra Mundial. Está ligado ao controle das massas trabalhadoras, buscando acalento às aspirações sociais.
2. Principais partidos políticos
a) Partido Trabalhista Brasileiro (PTB)
b) Partido Social Democrata (PSD)
c) União Democrática Nacional (UDN)
3. Sucessão presidencial de 1945
Apoiado por Getúlio Vargas, o candidato da coligação PTB-PSD, o general Eurico Gaspar Dutra, derrotou os outros candidatos: o brigadeiro Eduardo Gomes (UDN) e Yedo Fiúza (PCB). Gaspar Dutra foi eleito com cerca de 55% dos votos.
4. Constituição de 1946 – Redemocratizadora
Principais Características:
a) Manteve a República e o presidencialismo.
b) Estabelecia 5 anos de mandato para o presidente da República e seu vice.
c) Conservava a autonomia e a independência dos Poderes.
d) Instituiu o voto direto e secreto para ambos os sexos maiores de 18 anos, exceto os analfabetos, soldados e cabos.
e) Deu autonomia política e administrativa aos estados e municípios.
f) Garantia a liberdade de pensamento e de opinião.
g) Assegurava o direito de greve e livre associação sindical.
5. Governos populistas
Eurico Gaspar Dutra (1946–1951)
a) Eleito pela coligação PTB-PSD.
b) Início de uma guerra ideológica denominada Guerra Fria, envolvendo de um lado os Estados Unidos (defensor do Capitalismo) contra a União Soviética (defensora do Socialismo). No Brasil, a Guerra Fria, assinala os seguintes acontecimentos:
1. Apoio do governo brasileiro ao governo norte-americano.
2. Cassação de relações diplomáticas com países socialistas.
3. Extinção do Partido Comunista Brasileiro (PCB) em 1947.
4. Cassação de mandatos dos deputados que pertenciam ao Partido Comunista Brasileiro (PCB).
c) Gastos do Tesouro Nacional na compra de importados supérfluos ou sem nenhuma necessidade para o País. Cerca de 800 milhões de dólares deixados por Getúlio Vargas eram “torrados” pelo governo Dutra.
d) Elaboração do Plano SALTE. Realizar investimentos na área da saúde, alimentação, transporte e energia.
Getúlio Vargas (1951–1954)
a) Eleição – Foi eleito pela coligação PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) / PSP (Partido Social Progressista). Vargas mais uma vez derrotava seus opositores políticos com facilidade.
b) Nacionalismo econômico – O presidente Vargas iria permitir o capital estrangeiro no Brasil, mas não admitia a desnacionalização da economia.
c) BNDE – Criação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico em 1952. Era o programa de investimentos do governo.
d) Campanha "O Petróleo é Nosso" – Slogan defendido pelo governo que não admitia empresas estrangeiras explorando o petróleo brasileiro. O resultado foi favorável aos nacionalistas. Estava criada a Petrobras, empresa estatal responsável pela extração e refino do petróleo brasileiro.
e) Petrobras – Depois de muito atrito entre o governo e as forças conservadoras apoiadas pelo capital estrangeiro, a empresa foi criada com capital misto, mas o Estado possuía a maioria das ações, sendo sócio majoritário.
f) Projeto de remessa de lucros – Visava proibir as excessivas remessas de lucros das empresas estrangeiras instaladas aqui no Brasil para sua matriz no exterior. Este projeto foi vetado pelo Congresso Nacional, pois a pressão dos grupos internacionais foi forte.
g) Política trabalhista – Vargas autoriza um aumento de 100% no salário mínimo. Era proposta do ministro do Trabalho João Goulart, que, futuramente (1961), ocuparia o cargo de vice-presidente. Aumentar o salário mínimo causou uma enorme revolta entre os empresários: eles se posicionaram contrários a essa medida do governo.
h) Crime da Rua Toneleros – No dia 5 de agosto de 1954, houve a tentativa de assassinato ao político e jornalista Carlos Lacerda, que culminou com a morte do major da Aeronáutica Rubens Florentino Vaz. A Aeronáutica instala inquérito, e o resultado não agradou ao governo. A Aeronáutica pressiona, exigindo a renúncia de Getúlio Vargas. O Presidente responde que não deixa o governo: “Se vêm para me depor, encontrarão meu cadáver”.
i) Suicídio de Vargas – No dia 24 de agosto de 1954, Getúlio desfechou um tiro no coração. Cumpria a promessa de só deixar o palácio morto. Morria umdos mais controvertidos personagens da História do Brasil. Deixou uma carta-testamento acusando as forças conservadoras (a UDN e o capital estrangeiro) de serem os grandes responsáveis por essa atitude. As “aves de rapina” (assim Getúlio se referia aos sanguessugas que só pensavam em fazer o jogo do capital estrangeiro). "...Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História".

j) Sucessão presidencial - Após a morte de Getúlio Vargas, quem assumiu o governo foi o vice-presidente Café Filho.

Texto para reflexão e trabalho de filosofia

A RIQUEZA DO CONHECIMENTO
“Minha filha me fez uma pergunta: 'o que é pensar?' Disse-me que era uma pergunta que o professor de Filosofia havia proposto à classe. Pelo que lhe dou os parabéns!
· Primeiro por ter ido diretamente à questão essencial.
· Segundo, por ter tido a sabedoria de fazer a pergunta, sem dar a resposta.
Não existe nada mais fatal para o pensamento do que o ensino das respostas certas. Para isso existem as escolas: não para ensinar as respostas, mas para ensinar as perguntas. As respostas nos permitem andar sobre a terra firme. Mas somente as perguntas nos permitem entrar pelo mar desconhecido". (Rubem Alves)

O que é o conhecimento humano?
Uma réplica da realidade na inteligência? Como se dá o processo de conhecer? No decorrer da história, a filosofia deu várias explicações. Mas, atenção, dar uma ou ou­tra explicação não é indiferente, pois a maneira de entender o conhecimento vai ter conseqüências práticas para a nossa ação na história.
Os gregos e os medievais, na sua maioria, diziam que o conhecimento é uma espécie de fotografia das coisas. Es­sas têm uma estrutura visível, que os sen­tidos percebem. Mas, além disso, elas têm uma estrutura invisível, que, aliás, é a mais importante, pois é ela que mantém a estrutura visível. Essa estrutura invisível (não física) a inteligência percebe, intui. Conhecer, então, é fotografar a essência, que é a estrutura não física (metafísica) das coisas.
Essa maneira de explicar o conheci­mento leva a conceber a realidade como algo pronto, fixo. As coisas não se mudam profundamente. Só se mudam na superfí­cie (os acidentes). É por isso que a gente pode adquirir conhecimentos definitivos, verdades absolutas, dogmas. Se conheço a essência do ser humano, posso dizer o que ele é na sua estrutura fundamental. E dizendo o que ele é, digo o que ele sem­pre foi e sempre será.
A possibilidade das ciências
A partir de Descartes (séc. XVII), os filósofos ocidentais começaram a descobrir que a réplica das coisas no sujeito cog­noscente (conhecimento) é um ato criador do sujeito. Este coloca muito de si no ato de conhecer; não é passivo. Conhecer não é, pois, simplesmente fotografar a coisa como ela é, mas sim criar, em si, a coisa, como conhecida. Kant (séc. XVIII) chegou a afirmar que o sujeito cria o objeto de co­nhecimento. Por isso que, pelo conheci­mento, nós sabemos o que pensamos das coisas, e não o que as coisas realmente são. Mas, esse conhecimento não é pro­duzido caprichosamente, segundo a ima­ginação de cada um. Ele é produzido pela própria estrutura de toda inteligência hu­mana. Torna-se, então, possível a ciência, pois todos os seres humanos têm a mes­ma estrutura mental e constroem a mes­ma imagem ou idéia das coisas. Mas, com essa 'solução kantiana', chamada trans­cendental, porque o sujeito de que ele fala transcende os sujeitos particulares, fica ainda a idéia de que, com o conhecimento, nós atingimos algo de fixo, de determinado, de definitivo, que não depende do processo histórico, porque está amarrado à estrutura estável da mente humana.
Conhecer para mudar
Com os idealistas alemães (séculos XVIII e XIX) e, sobretudo com Hegel, mu­dou-se a maneira de ver a realidade e o conhecimento dela. Para Hegel, a realida­de é dinâmica, é um processo; e é contra­ditória. A contradição é que possibilita a dinâmica, pois a oposição entre os pólos (tese e antítese) é superada pela síntese. Para Hegel, conhecer é tomar consciência de uma realidade que ele chamou de idéia (idealismo).
Na linha de Hegel, Marx e Engels acei­tam a tese de que a realidade é um pro­cesso. Aliás, essa tese já Heráclito, filóso­fo grego do século VI a.c., tinha proposto. Marx e Engels, porém, não aceitam a tese hegeliana de que o processo cósmico e histórico é, no fundo, o desenrolar-se de um princípio único: a idéia. Para eles, a realidade concreta é essa que está aí, o mundo físico e social, com a multiplicidade de seres materiais (materialismo) inter-re­lacionando-se.
Conhecer, neste sentido, é um ato de sujeitos empíricos (que buscam conhecer), imersos no processo histórico, que, ao refletirem sobre a reali­dade, a captam segundo as suas possibi­lidades históricas. É por isso que o modo de pensar a realidade varia de época para época, de lugar para lugar. O conhecimen­to é, portanto, também ele, histórico. Ja­mais pode conceber-se como acabado e definitivo.
Essa maneira de conceber a realidade e o conhecimento dela privilegia
o movimento e a mudança, gerando a possibilidade de brotar o novo. Neste sentido, "todos os homens (e mulhe­res) são filósofos, enquanto pensam ( ... ), enquanto refle­tem sobre a cultura, a linguagem e o mundo que recebem ao nascer ( ... ) assu­mindo-o não de maneira pronta e passi­va, mas de maneira crítica e responsável" (Antonio Gramsci - 1891-1937).
QUESTÕES PARA REFLETIR E RESPONDER
1-O que é pensar e conhecer?
2-Que método você usa para conhecer?
3-Comente a respeito das citações de Rubem Alves e Antônio Gramsci!

sábado, 15 de março de 2008

EDUCAÇÃO - INFORMAÇÃO E ENTRETENIMENTO

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